IDADES: Trunks tem 18 anos; Goten tem 17 anos; Pan tem 16 anos; Bra tem 15 anos.

Neste fanfic, todos os personagens são saiyajins puros.

MEU AMOR POR VOCÊ É IRRESISTÍVEL

Por Daniela - a.k.a. dragon agility

Tradução por Nanna

PRÓLOGO

Pan andou pelas ruas tumultuadas de City Vie, a capital de Vegeta-sei. O palácio podia ser visto há milhas de distância, por ter uma grande iluminação que podia ser vista mesmo do Vale da Morte, um imenso vale que tinha exigido as vidas de vários guerreiros de elite durante a Batalha dos Tiranos seis anos antes.

O avô e o pai de Pan tinham ambos sido mortos durante a batalha, e ela ainda lamentava a perda deles, mesmo agora. Ela dirigia-se para o Túmulo da Elite, onde um enorme estátua memorial foi colocada para lembrar os mortos. Em suas pequenas, mas poderosas mãos, levava duas rosas. Quando chegou lá, ela caiu de joelhos. Olhou os pés da estátua, onde achou dois nomes: Gohan e Kakarotto. Ela mal podia dizer seus nomes, mesmo depois de tantos anos, por saber como eles tinham morrido.

Uma única lágrima caiu por sua pele suave enquanto lembrava. Todos, a família e os amigos pensavam que eles tinham tido uma morte patriótica, e lutado por seu planeta sem medo, e morrido salvando os outros, mas estavam errados.

Ela sabia a horrível verdade...

FLASHBACK

"Papai, vovô, espero que estejam bem aí", Pan podia sentir o ki deles nas alturas, e o forte ki do inimigo.

Era como um terreno enevoado, e eles estavam bem no meio dele. Pan deixou as lágrimas caírem, ao sentir o ki de seu pai cair um pouco, e seu avô estava perdendo.

Ela estava abraçada fortemente à mãe. Sua mãe, Videl, estava sofrendo, mas não tanto quanto a avó de Pan, Chichi. Esta estava soluçando incontrolavelmente por saber que, se perdessem a batalha, ela perderia seu esposo e seu filho, e os saiyajins estavam perdendo para os Gori-jins - e perdendo rapidamente.

De repente, Pan lembrou-se do que seu avô dissera à sua única neta antes de sair:

'Se ouvir seu coração, tudo é possível. Assim, em tempos de necessidade, faça o que seu coração lhe diz para fazer'.

'Se isso foi o que vovô disse, então vou seguir meu coração. Que, agora, está me dizendo para ir ajudá-los'.

"Mãe", disse ela, enxugando os olhos, "estou cansada, e vou dar um cochilo. Por favor, acorde-me se algo acontecer".

"Entendi, Pan-chan. Se algo acontecer, você será a primeira a saber".

Videl estava começando a ficar fria, enquanto se concentrava no ki de seu eleito, que estava caindo continuamente. Ela cerrou os olhos e orou.

Pan correu para o andar de cima, e colocou rapidamente sua armadura negra, presente de seu avô. Ela então colocou sua bandana laranja, que tinha sido feita de um pedaço do uniforme de luta de seu avô. Rezou em um idioma ancestral, ensinado por seu pai:

"Nukem nana huski day wantei sectinio ea grandtutem n kamanrei. Hola yay, seto".

Ela abriu os olhos depois de orar, e suas íris cintilaram de raiva e de emoção. Lutou para manter seu ki em controle enquanto cortava os ares. Ficou feliz quando ninguém a seguiu e dirigiu-se para o vale. Reprimiu seu ki o mais que pôde e, quando se aproximou, viu vários corpos, saiyajins mortos. Podia ver o vale, e milhares de miniaturas que eram os saiyajins e os Gorijins.

Enquanto se aproximava mais, ela pousou e começou a andar lentamente, e o que era uma caminhada cautelosa se transformou numa corrida frenética. Ela agora estava na beira do imenso vale, e podia ver o avô e o pai.

O que viu quando os encontrou, quase a fez gritar de choque e raiva. Seu pai tinha perdido um braço; seu avô tinha perdido a cauda toda e não podia nem levitar mais. O Gorijin com quem ele estava brigando estava segurando-o por sua armadura e o esmurrando repetidamente no rosto.

Pan tentou manter seus sentimentos sob controle, mas era tão difícil... Uma única lágrima solitária correu por seu rosto, e mostrava todo o seu amor e sua dedicação à família. Sua cauda balançava de um lado para o outro furiosamente. Ela olhou para a guerra. Seu pai ainda estava na fase super saiyajin, mas seu avô estava normal. Ela olhou para os outros guerreiros de elite e viu que a maioria deles eram super saiyajins.

Foi aí que ela viu o Rei Vegeta. Ela, como todos os outros saiyajins, respeitava a família real. Todos sabiam que o Rei e o filho dele eram os seres mais poderosos do planeta. Eram eles quem podiam virar a luta em favor dos saiyajins.

Então, ela viu o filho do Rei, Trunks. Ele vestia uma armadura azul com detalhes dourados. Ao contrário dos outros saiyajins lutando, ele estava com a cauda flutuando atrás de si. Pan se perguntou por que ele estaria fazendo isso, quando descobriu o motivo. O Gorijin com quem ele estava se batendo tinha o triplo do tamanho do príncipe de doze anos, e agarrou a cauda do príncipe, mas este não foi afetado. O Príncipe Trunks apenas grunhiu, sacudiu o dedo e deu um soco no estômago do Gorijin.

Que força, Pensou Pan. E que gatinho!

E foi aí que o príncipe decidiu olhar para onde ela estava. O príncipe fez contato visual com a menina de dez anos, e algo se deu entre as profundezas dos olhos castanhos e cheios de lágrimas de Pan, e os olhos turquesa do príncipe, mas se acabou em uma fração de segundo, quando Pan mergulhou atrás de uma pedra para evitar que a vissem.

Foi por pouco, pensou ela, deixando o ar sair de seus pulmões jovens.

Quando tinha certeza de que o príncipe voltara a brigar, ela espiara de trás de sua rocha para ver que agora seu avô olhava para ela. Lágrimas caíram de seus olhos quando ela o viu sorrir, e tossir sangue quando levou socos repetidos no estômago. O pai dela estava tentando chegar até ele, mas cinco Gorijins estavam no caminho, brigando com ele.

De repente, o Gorijin que estava espancando seu avô jogou-o no ar e, quando ele caiu, socou-o, e Kakarotto voou até a falésia do vale, bem em cima da pedra atrás da qual Pan estava escondida, e caiu no chão empoeirado com um ruído. Pan correu para ajudá-lo.

"Vovô!" Ela disse quando tomou a mão ensangüentada dele na sua, e apertou-a.

Gohan tinha testemunhado tudo isto, e gritara à queda de seu pai, mas, quando viu sua filha correndo para ajudar o avô, ele ficou ainda mais raivoso e preocupado.

"Panny!" Ele gritou com todo o coração. "Saia daqui!" Ele estava imensamente preocupado com a segurança de sua filha e com a vida de seu pai.

Com energias renovadas por seus sentimentos, ele conseguiu cegar os Gorijins com um Raio Solar e voou em alta velocidade para seus familiares, mas levou de repente um golpe no estômago, e atingido por um golpe de ki de um dos líderes dos Gorijins. Ele foi golpeado de um lado ao outro do vale, e se arrebentara na falésia, e caiu. Sangue corria por sua nuca.

Pan viu o que aconteceu e tentou chamar o nome de seu pai para fazer com que ele se erguesse, mas foi calada pela mão de Kakarotto em sua boca.

"Calma", ele disse engasgado. "Ele vai ficar bem. Panny, me escute. Vá para casa, por favor. Vai ficar segura lá... por favor?"

"Não posso, avozinho, não posso deixá-lo aqui desse jeito! Você está ferido... e muito! Venha comigo!"

"Não! Eu vou ficar aqui. Tenho uma beberagem que vai me curar em meu cinto, e, depois que eu a beber, vou recuperar todas as forças. E então posso continuar lutando".

"Tem que continuar? Você e papai não podem vir para a casa, em segurança? Venha comigo, avozinho, venha!" Ela chorava.

Kakarotto olhou orgulhoso para a neta. Ela era a cara de seu filho, tinha a mesma determinação e a mesma força de vontade.

"Por favor, Pan, eu lhe imploro, como um último desejo, que me ajude a beber a poção curativa, senão vou morrer".

Pan concordou relutante, e lutou para tirar a poção do cinto dele, que estava queimado e retorcido. Mas aí tanto Kakarotto quanto Gohan - que voltava à consciência - viram um dos líderes dos Gorijins voando para Pan. Kakarotto usou suas últimas forças para empurrar Pan para longe dele, e ela esbarrou na pedra atrás da qual estivera escondida antes.

Ela bateu a cabeça com um ruído doentio, e sangue deslizou por seu pescoço. Sua vista estava embaçada pela proximidade da inconsciência, e tudo o que ela via eram borrões de silhuetas, três delas, mas então uma delas sumiu. Houve silêncio por alguns segundos, exceto pelos murmúrios baixos e pelos barulhos da guerra atrás deles. E então ela ouviu uma voz.

"Seus fracos, temos uma guerra a vencer. Não o ajude. Perder alguns membros de sua família não fará a vitória dessa guerra, agora se levante e lute!"

A pessoa com aquela voz não viu Pan, e então ela ouviu murmúrios em negativa, e depois uma luz brilhante, muito brilhante, encheu seus olhos. E então não havia nada a não ser um silêncio nauseante.

FLASHBACK

Pan deixou as lágrimas fluírem com maior liberdade de seus olhos, enquanto botava as rosas sob o nome de seu pai e de seu avô. Ela não sabia o que tinha acontecido até que recuperara sua consciência.

FLASHBACK

Pan gemeu ao despertar. Podia sentir uma substância líquida e quente em sua nuca, e ela sabia que era o seu sangue. Então, abriu os olhos. Só viu terra e corpos. Mas seu avô não estava mais diante dela. Ela buscou pelo ki dele, mas não o encontrou.

"Não!" Ela gritou, receando o pior.

Ela se ergueu com grande dificuldade e olhou além da rocha. A guerra estava acabada, e não havia um Gorijin ou a elite saiyajin em nenhum lugar. Ela correu para o limite do abismo e baixou os olhos para o vale. Estremeceu ao ver os vários cadáveres, todos amontoados no fim do vale. Buscou pelo ki de seu pai, mas este não pôde ser rastreado. E então ela lembrou da voz que tinha ouvido.

"NÃO! PAPAI! VOVÔ!" Ela gritou quando tudo lhe voltou. De repente, tudo o que ela tinha visto, tudo o que estava embaçado, ficou claro...

O avô a empurrara para longe a fim de protegê-la do Gorijin. Este estava voando rápido demais para parar, então se esborrachou no chão. Gohan se juntou a seu pai e usou o Kamehameha para acabar com o Gorijin. Este se desfez em cinzas e Gohan viu que Pan estava inconsciente - assim, deixou-a lá por segurança. Então, se pôs a ajudar seu pai a sentar. Começou a tirar a poção do cinto de seu pai, pois tinha perdido o seu. Os dois ouviram uma voz.

"Seus fracos, temos uma guerra a vencer. Não o ajude. Perder alguns membros de sua família não fará a vitória dessa guerra, agora se levante e lute!"

O pai e o avô de Pan ergueram os olhos para ver o príncipe de doze anos olhando para eles na forma de supersaiyajin com o nariz ensangüentado Ele tinha um Gorijin em sua mão, e o deixou escapar. O ser bateu no chão do vale com um barulho ressoante.

"Não, meu príncipe", disse Gohan, "eu preciso ajudar meu pai".

"Escutem, guerreiros. Se perdermos esta guerra, a raça dos saiyajins estará acabada. Eu ainda tenho que me tornar rei", Trunks disse, fuzilando-os com um olhar de nojo.

"Deixe-o ajudar-me a beber minha poção curativa, e então estarei completo para lutar outra vez", argumentou Kakarotto.

"Estão me desafiando?" Perguntou Trunks.

"Não, não estamos! Se o seu pai - o rei - estivesse ferido, o senhor o ajudaria a beber sua poção, não ajudaria? O senhor não deixaria que ele morresse!" Atalhou Gohan.

"Estão dizendo que meu pai é fraco?"

"Não, nunca!" Engasgou-se Kakarotto.

"Seus fracos... Ataque Big Bang!" Trunks gritou, estendendo o braço direito.

Um grande feixe de luz saiu de sua mão e voejou em direção ao pai e ao avô dela. Eles estavam em choque, e o raio veio tão rápido que eles não puderam evitá-lo. O raio perfurou o estômago de ambos, e eles morreram imediatamente. Seu ki desapareceu para sempre.

E então houve uma risada, de Trunks. Se Vegeta tivesse visto o que seu filho tinha feito, Trunks teria sido punido severamente. Vegeta fora malvado e matara os guerreiros de elite que ele considerava fracos, mas Bulma, sua companheira, o mudara, e ele respeitava os sentmentos de seus soldados por suas famílias, pois agora ele também tinha uma família. Definitivamente, ele não queria que seu filho fosse mau. Mas ele não viu.

"Papai! Vovô! Não!" Pan chorou quando os eventos da morte de sua família se desenrolaram diante de seus olhos como um sonho. Ela caiu de joelhos, poeira subiu. Lágrimas correram por seu rosto.

"Não!" Ela berrou enquanto levitava. Podia sentir o imenso poder fervendo dentro dela, e gritou quando as costas se arquearam e os olhos brilharam. Ela então caiu no chão e deu um soco na terra, fazendo-a partir-se. Pan desabou, soluçante.

FLASHBACK

Pan podia sentir as mesmas lágrimas quentes que tinha chorado há seis anos, correndo por seu rosto mais uma vez. Ela lembrou que sua mãe viera procurá-la mais tarde, naquele dia, e seus corpos foram encontrados no fundo do vale, os rostos retorcidos.

Pan não contou a ninguém o que ocorrera naquele dia. Apenas ela, e seu pai e avô mortos sabiam a verdade. Ela sabia que se contasse à mãe, Videl teria ido direto ao palácio e também teria sido assassinada. De repente, a raiva apossou-se dos sentidos de Pan.

"VOCÊ PODE TER MATADO TODOS OS GORIJINS E SALVADO O NOSSO PLANETA, MAS NUNCA VAI ESCAPAR IMPUNE DO QUE FEZ NAQUELE DIA, TRUNKS! NÃO VOU PARAR ATÉ QUE COMPLETE O QUE PROMETI FAZER NAQUELE DIA... TE MATAR!"

Ela respirou profundamente, seus olhos brilhando, seu sorriso amargo e confuso.

Sim, a vingança seria doce...