Título: São Precisos Dois Para Praticar.
Capítulo 21: Tudo Está Bem?
Autora: Rogue in Rouge. Profile: ht*tp:* /w*ww.*fanfiction.*net /u/ 558994/*Rogue_in_Rouge
Disclaimer 1: Não possuo as HQs do X-Men, desenhos, filmes ou qualquer outra franquia relacionada – isso parece chocante.
Disclaimer 2: Eu, que estou traduzindo, não possuo as HQs do X-Men, desenhos, filmes ou qualquer outra franquia relacionada E ESSA HISTÓRIA, quero deixar claro. =P
N/T: Ladies! Sim, estou viva! Haha
Eu tinha desistido dessa história primeiro porque esse não é mais meu fandom e eu não tenho mais todo tempo livre para gastar como eu quiser (que tristeza a vida de adulto). Segundo porque eu realmente não suporto a Vampira dessa história.
Quando eu comecei a traduzir essa história, era praticamente uma adolescente ainda e conseguia me identificar com a Vampira. Mas eu cresci e, uma vez que as histórias são fotografias do seu tempo, Vampira não cresceu comigo. Não consigo conceber mais várias atitudes dela.
Mas enfim, não é sobre mim. É sobre quem me deixou comentários pedindo encarecidamente que eu terminasse essa tradução. E eu pensei 'caramba, por que não? Falta tão pouco!"
E aqui estamos nós.
Esse capítulo final só aconteceu por causa de vocês, ElfySoliver e priscilameloamaral. Espero que fiquem felizes com FINALMENTE o desfecho da história. Obrigada por tudo.
Ciclope podia ser paciente. Suas prioridades sempre foram relativas ao bem estar do time em primeiro lugar. Então ele esperou para verbalizar as questões que corroíam seu cérebro.
Ele esperou enquanto Lince Negra, Vampira e um Noturno salpicado de sangue eram cuidadosamente inspecionados por médicos designados entre os Morlocks. Lince Negra foi avisada para não usar seus poderes durante pelo menos quarenta e oito horas, bem como tomar analgésicos para dissipar o restante dos danos aos seus nervos. Os machucados de Noturno foram todos enfaixados e, depois de tentar pular da cama assim que ouviu que Vampira tinha sido injetada com algum tipo de droga alucinógena bem na espinha, ele recebeu ordens para permanecer o mais imóvel possível. Vampira estava nocauteada; a droga que eles identificaram na seringa deixada no local iria levar um tempo para se dissipar do seu sistema. Sua perna também havia sido enfaixada.
Ele esperou enquanto Spyke explicava como Gambit havia chamado-o através do comunicador dos X-Men, se identificando como um X-Man e avisando-o do plano dos Marotos. Medula e ele tinham levado para fora os Morlocks mais indefesos e então colocados armadilhas em alguns pontos onde eles poderiam emboscar os Marotos. O time formado por Vampira e Noturno tinham 'resgatado' um desses grupos de Morlocks.
Ele esperou enquanto Morlocks começavam a aparecer, fazendo relatos de que Arpão havia sido encontrado tentando se arrastar para fora dos esgotos. Ele foi colocado junto ao especialmente amarrado Maré Selvagem e Arco Voltaico, para esperarem seu julgamento. Vertigo tinha desaparecido, assim como o Embaralhador. Caçador de Escalpos tinha sido encontrado morto.
Ele esperou enquanto, um por um, os X-Men eram diagnosticados como aptos, se não completamente, pelo menos para fazer a viagem de volta. Spyke queria que eles ficassem por mais tempo, mas Ciclope insistiu que o Dr. McCoy era mais do que capaz de tomar conta deles.
Ele aguardou enquanto os pacientes eram alojados cuidadosamente dentro do jato, ocupando três das quatro camas construídas dentro das cabines de trás.
Mas quando o X-Jato levantou no ar, ele não pôde esperar mais.
"Mas que diabos você pensou que estava fazendo?" ele exigiu, quase desalinhando seu cinto de segurança quando ele o tirou bruscamente e parou em frente a Remy.
A questão era que o jeito bruto nunca funcionou bem com Remy. "É problema meu."
"O caramba que é! Você praticamente explodiu a ala médica – e então foi dar um passeio com aquele psíquico totalmente maluco, depois saiu correndo para fazer o que ele queria-"
Remy se eriçou. "Eu sabia o que estava fazendo-"
Entretanto, Scott tinha se empolgado. "-nos levando aos túneis dos Morlocks, machucando Kitty, Kurt e Vampira-"
Apesar do fato de que Remy sabia que o nome dela estava chegando na conversa, aquilo desencadeou um impulso elétrico dentro dele. Ele arrancou seu cinto de segurança da mesma forma que Scott, entrando de uma vez na competição de gritos.
"Eu não pedi para que vocês viessem!"
Scott fez uma careta. "Bom, a Vampira não seria convencida de outra forma-"
Remy não esperava por aquilo. "Como ela-"
Scott levantou suas mãos em exasperação. "EU NÃO SEI! Me diz você!"
A voz dos dois homens tinha aumentado consideravelmente e o momento de silêncio foi impressionante. Kurt foi quem o quebrou, contrariando o fato de que, supostamente, ele deveria estar descansando em um dos quartos adjacentes.
"Eu também gostaria de saber."
Scott se virou, sentindo sua exaustão realmente começar a pesar sobre suas costas pela primeira vez. "Kurt, você não deveria estar andando por aí."
"Eu posso ouvir daqui." O rosto de Kitty – igualmente interessado – podia ser visto espiando ao lado de Kurt.
Scott suspirou. "Vocês dois, fiquem na cama." Remy tinha deslizado para sua poltrona novamente e Scott cruzou seus braços. "Eu quero algumas respostas, Gambit. Não tenho certeza de como você sequer chegou a considerar Sinistro como uma boa opção, mas nós podíamos ter lidado com o problema."
"Consertar qualquer coisa relacionada a mim é mais do que um problema, Caolho."
"Ainda assim nós poderíamos ter cuidado disso." Remy apenas pegou suas cartas, embaralhando-as com um único movimento rápido. "E com relação aos Marotos-"
"Eu não sou estúpido, Escoteirinho, eu sabia que o Sinistro não pretendia nada bom – até coordenei as coisas com Spyke. O trabalho estava seguro." Remy falou num tom frio como aço, que não admitia contestação. Scott não percebia as coisas dessa forma no entanto.
"Você deveria ter alertado a gente."
"E trazer mais jogadores? Non, j'ai imagine que isso só iria complicar as coisas e fazer com alguém se machucassem!" O fato de que suas ações levaram aos ferimentos da Vampira já era angustiante o suficiente, sem acrescentar o sermão de Scott.
"Se você simplesmente tivesse-"
"E se vocês não tivessem-"
"Dá para os dois calarem a boca!" Logan finalmente rosnou, se cansando da discussão sem fim. Os dois homens lançaram olhares insolentes. "O garoto das cartas deveria ter aberto o bico, mas ele é malandro solitário que não pensa como um X-Men. Ainda." ele completou bloqueando o desejo de Scott de continuar aquela linha de pensamento. "Mas ele conseguiu arrumar as coisas enquanto nós corríamos para dentro dos túneis como um bando de novatos."
"E nós tivemos que passar por Sinistro." Ao Scott, não faltavam reclamações.
Remy envolveu os dedos ao redor das suas cartas, se xingando internamente. "Não pretendia que nenhum de vocês se envolvesse com aquele cara."
"Um pouco tarde para isso." Kurt resmungou.
"Você deveria se desculpar com a Vampira." Scott disse, já captando a ideia de que salientar o nome da amiga iria causar maiores impactos no ladrão atrevido.
Sua cabeça se levantou bruscamente. "Vampira?"
"Ela teve que absorvê-lo para descobrir onde te encontrar."
Remy agarrou o baralho, definitivamente se sentindo mal. Deus, ele poderia dar um trago agora – mas suas mãos ainda doíam muito depois do pequeno truque de espeta-Gambit que o Caçador de Escalpos tinha proporcionado. Sinistro, na mente da Vampira... Ela teve que lidar com Sinistro, desvendá-lo, tudo para encontrar ele.
Emil assobiou apreciativamente, chamando a atenção do grupo que tinha literalmente esquecido da sua presença. "Está aí uma femme que você conseguiu, primo."
"Je ne leur ai pas." Remy o corrigiu institivamente, a mente ainda se recuperando.
Emil levantou uma sobrancelha. "C'est vrai? Da última vez que eu chequei, femmes não saiam perambulando pelo país por qualquer um."
A mandíbula de Scott ficou tensa. "Sabe, essa é uma boa observação Lapin – e por mais que eu gostaria de creditar a determinação da Vampira à lealdade aos X-Men, eu realmente, realmente, não acredito que seja esse o caso. O que está acontecendo entre Vampira e você?"
Os olhos de Remy ficaram sombrios. "Isso seria entre Vampira e eu, non?"
Scott cruzou os braços. "Não mais." ele retrucou acaloradamente. "Você tocou Vampira quando, claramente, ela estava fora de controle – e, dessa vez, você se afastou sem sequer um arranhão."
A expressão de Remy era de pura teimosia.
"Está na hora, Cajun."
Os olhos de Scott passeavam entre Logan e Remy. "Você sabia disso?" Suas mãos se fecharam em punhos. "Eu quero saber o que está acontecendo, AGORA!"
Remy tinha um flagrante olhar furioso, mas finalmente e com relutância, ele começou a falar. "Ela veio até mim para obter alguma prática, d'accord?"
Scott, nesse ponto, não pareceu terrivelmente surpreso. "Por que isso não foi feito durante os treinos regulares dela?"
Quase se retorcendo em agitação, Kurt perguntou algo mais importante que estava em sua mente. "Por que ela precisava de você? Ela estava treinando comigo e-"
Remy deixou escapar uma risadinha. "Não sabia que era sua praia."
Sua cauda inteira se contraiu, mas Kurt endireitou sua postura. "O que, eu não gosto de nenhuma praia!"
Kitty mordeu o lábio, "Ah, Kurt, você pelo menos gosta de alguma praia, se é que me entende."
Scott ignorou a interrupção. "Então você e ela-" Ele esperou que sua sentença fosse completada.
"A chérie queria saber o que fazer com um namorado. Então ela veio até Gambit." Remy encarou fixamente a parede, mostrando uma aparência de descontração para disfarçar sua agitação.
"Parece que o Gambit ensinou muito mais, se ela afetou ele dessa forma," Emil deu um enorme sorriso e Remy olhou feio para ele.
"Eu ainda estou confusa sobre um ponto," Kitty finalmente falou. "Quando esse treinamento começou?"
Remy deu de ombros. "Mais ou menos na época que você quebrou a perna."
"Tudo isso?" Scott piscou surpreso.
Kitty não pareceu muito surpresa. "Mas parou por algum tempo, não foi? Vampira não voltou sair de fininho do quarto até depois que você voltou, após recuperar Joseph." Remy só podia culpar os analgésicos que davam para Kitty para que ela realmente estivesse dizendo aquilo na frente do eterno escoteiro.
"Quem é Joseph?" Emil foi ignorado.
"Sair de fininho?" Scott parecia horrorizado. O pelo facial de Kurt ficou num tom um tanto roxo.
Remy respondeu sua pergunta. "Tivemos uma pequena," ele pausou por um breve momento, "diferença de opinião."
Emil deu uma risadinha. "O quê? Ela te chutou depois da nuit première?" As mãos de Remy congelaram e Emil gargalhou com alegria. "O Rei dos Corações foi chutado da cama – espere até Henri ouvir sobre isso!"
"O que você está fazendo aqui, aliás?" Remy finalmente perguntou. Ele queria desesperadamente se energizar, mas toda vez que a energia formigava em suas mãos, imediatamente se transformava em um latejar profundo.
Os lábios de Scott comprimiram. "Precisávamos encontrar a localização do Sinistro, então Vampirou nos levou para Nova Orleans e arrastou seu primo junto."
"E você veio tão fácil assim?" Ele queria estalar os dedos, mas teve que se contentar em levantar uma sobrancelha.
"Você é mon favori cousin," Emil deu de ombros. "Além disso, a chérie é bem persuasiva," seus olhos brilharam maliciosamente. "Você pode perguntar para Bella. Ela tomou uma bem dada no queixo."
Remy ficou tenso. "Ela O QUÊ?"
"Um fantástico cruzado de direita." Remy mal ouviu seu primo. Belladonna e Vampira, juntas.
"Mon Dieu." Ele se sentou.
O queixo de Scott ficou tenso. Ele só tinha ouvido falar do soco depois do fato - isso o incomodava, mas era irrelevante no momento. "Voltando ao ponto, vocês continuaram praticando," ele disse a palavra como se estivesse no meio de uma tempestade em um barco furado, "até o momento atual, e é só isso, apenas 'treinamento'. E você permitiu isso? " Ele se virou para Wolverine, incapaz de entender a ideia da prática.
Wolverine se manteve firme, mas ele manteve os olhos atentos. "Chuck pensou que seria melhor nos mantermos fora disso."
"Professor Xavier sabia também?" Era demais. Scott colapsou derrotado em sua cadeira.
"Os chefões vigiam vocês, não?" Emil assobiou surpreso. Ele não teria imaginado que Xavier seria tão casual e relaxado sobre o assunto.
"É difícil esconder as coisas de um telepata de alto nível," Kitty disse distraidamente.
"Não acredito que você estava usando ela-" Era a palavra errada para se usar – mas nunca ninguém poderia acusar Scott de ser muito sensível ou perceptível. Remy endireitou-se como se tivesse sido picado por um enxame de abelha.
"Não aponte o dedo só para mim. São precisos dois, mon ami. E a femme veio até mim."
"Então quem estava usando quem?" Emil parecia estar se divertindo, mas Remy não olhou para ele. "Até onde me pareceu, ela aparentava estar um pouco mais preocupada do que você poderia supor, dada a situação."
"Encontrei você."
Remy não falou nada.
Scott parecia pronto para continuar a discussão, mas os olhos de Logan encontraram os seus a tempo e ele balançou a cabeça decisivamente.
"Eu vou dar uma checada nela." E ninguém esperava que ele voltasse.
Scott franziu a testa, mas não o impediu. "Só não a perturbe."
Remy zombou dele. "Tenho prática com isso."
Assim que ele fechou a porta atrás de si, sua atitude sumiu. Ele se inclinou para trás, apenas olhando para a figura descansando na cama. O rosto dela estava muito pálido, seu uniforme ainda manchado de poeira, o branco puro de suas bandagens contrastando fortemente com o preto. Ela parecia uma boneca de porcelana que tinha sido manuseada com muita brutalidade.
Um sorriso irônico apareceu nos lábios dele. Ela não apreciaria o pensamento. Um Bonequinho de Ação da China, talvez.
Aproximando-se, ele se agachou, ignorando a dor nos joelhos. Um dedo passou como um fantasma no rosto dela, mal afastando uma mecha de cabelo de sua testa. A respiração dela estava calma e uniforme - e ele sentiu sua garganta engasgar.
Ela tinha vindo por ele.
"Eu sabia que não iria transferir", a voz dela sussurrou em seu cérebro.
Ela tinha vindo (mais uma vez) por ele.
A outra cama estava longe demais. Com a gentileza que ele pôde reunir, ele a ergueu em suas mãos feridas e deslizou na cama ao lado dela. Ele se manteve perto da borda, mantendo-a aninhada entre ele e a parede. Não era muito confortável, mas a proximidade dela era seu bálsamo. Ele colocou o nariz em seu cabelo e por um momento, era quase como se eles estivessem de volta na cama dele - exceto que ela nunca tinha dormido nela.
Ele fechou os olhos.
Ele era observado enquanto se despedia. Remy se aventurou ao fundo da prancha de embarque, pisando cautelosamente no chão do qual ele havia sido exilado anos atrás. Emil só podia imaginar os pensamentos na cabeça dele enquanto ele olhava para as luzes brilhantes de sua antiga casa. Ele pegou um isqueiro emprestado de seu primo e agora ele estava ali parado, soprando fumaça no crepúsculo que escurecia.
O devaneio parecia sagrado e Emil hesitou em interromper - mas enquanto ele ponderava sobre isso, uma figura morena esguia desceu os degraus com cuidado. Scott imediatamente se moveu para impedi-la, mas Emil conseguiu segurá-lo pelo braço.
"Dê-lhes um momento, homme." Ele tinha certeza de que Scott iria ignorá-lo, mas Wolverine grunhiu algo sobre verificar os outros e o garoto líder voltou relutantemente para dentro do jato. Emil ficou para trás.
Ela colocou os braços em volta dele, provavelmente usando-o como uma forma de se ancorar e também de confortá-lo. Emil não conseguiu discernir o que Remy disse primeiro.
"Estou bem, docinho," a voz dela era suave como melaço - e Emil sorriu com o fato de que ela ainda devia estar um pouco alta dos analgésicos. "Sei que você sente saudades daqui - foi tudo o que pude pensar quando parei aqui. As paisagens, os cheiros ..." Ela ficou em silêncio e olhou um tanto sonhadora para Nova Orleans.
"Sim," ele murmurou, quase baixo demais para Emil entender. Ele sabia como teria terminado a frase.
A familie.
"Você tem medo de mim, Remy?" Remy se endireitou com a pergunta abrupta, virando-se para ela.
"Non chérie. Claro que não," Sua mão se entrelaçou com a de Vampira levantando-a para roçar seus lábios, apesar do fato de ela estar enluvada. Os dois se encararam - e nos últimos raios do pôr-do-sol Emil se sentiu como um voyeur.
"Eu também não tenho medo de você." Emil podia ver que ela tinha pegado a outra mão de Remy e ele, de todas as pessoas, sabia o significado daquele gesto simples.
Vampira se virou primeiro. "Agora eu sei que ainda devo estar chapada, mas quero dividir a cama com você um pouco mais antes de chegarmos na Mansão." Remy estava sorrindo quando os dois o notaram.
Emil fingiu não ter ouvido nada enquanto Vampira enrubescia de forma atraente. "Então, primo, parece que você se meteu em encrenca como sempre - embora geralmente sejam as belle filles que te metam em encrencas e não te tirem delas."
O sorriso de Remy se curvou em uma risada enquanto ele passava o braço em volta de Vampira. "Qu'est que je peux parler? Vampira é uma femme especial."
"Eu posso ver." Emil disse, incapaz de resistir a erguer a mão dela para dar seu próprio beijo. "Foi um prazer." Remy revirou os olhos e Vampira fez o mesmo, antes de afastar a mão dela.
"Sim, sim, coelho de pântano. Agora vá embora até a próxima vez que nos vermos."
Os olhos de Emil foram para seu primo. "Espero que não demore muito." e eles compartilharam sorrisos fracos.
E ele os deixou lá - mas não antes de ouvir. "Coelho de pântano?"
Merde. Agora Remy nunca esqueceria daquilo.
Se Remy fechasse os olhos, sentindo a cabeça dela descansar em seu peito nu, os dedos demorando-se na no limite do quadril dela, ele poderia imaginar que tudo tinha sido um pesadelo - e ele tinha acordado na cama dela.
Mas ele nunca tinha dormido na cama dela.
Ele abriu os olhos, olhando para o teto. Eles estavam no quarto dele. Tudo que Vampira precisava era descansar e ele conseguiu argumentar que isso poderia ser feito no quarto dele. Pelo menos por esta noite. Xavier tinha deixado claro que eles não teriam mais acesso livre aos quartos uns dos outros.
"Eu espero que vocês dois cheguem a uma resolução final," Xavier disse com um olhar que Remy não poderia confundir.
Vampira se mexeu em seus braços. O cabelo dela roçou em seu rosto e ele deixou seus dedos passarem por baixo da camiseta clara que ela vestia. Era dele - ela disse algo sobre sutiãs serem muito desconfortáveis e deslizou para dentro daquela camiseta em vez disso. Ele não podia explicar o aperto que ele sentiu em seu peito ao vê-la vestindo sua roupa, combinada com a calcinha escura.
A mão dela roçou no cós da cueca boxer estampada com cartas flamejantes - eram as suas favoritas e confortáveis-, mas depois se afastou. E ele entendia.
Aquela noite não era sobre sexo.
Era apenas sobre eles.
Ela se inclinou em direção a ele, o nariz pousando em seu peito. A respiração dela começou a ficar uniforme e ele percebeu que ela estava quase dormindo.
"Eu te amo," ela sussurrou, tatuando as palavras em sua pele como tinta em pergaminho enquanto ela deslizava para o sono.
Ele não ficou surpreso; até sabia que ela pretendia que ele não respondesse. Ela tinha dormido naquela primeira noite para evitar este momento também?
Ele ficou acordado até tarde da noite, pensando na sua próxima jogada.
Tradução Francês - Português:
1- Je ne leur ai pas: Ela não é minha/Eu não a possuo
2 - Qu'est que je peux parler: O que eu posso dizer